sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Maria Teresa

Tendo ao colo o filho que se tornaria o imperador José II, a imperatriz Maria Teresa passeava a pé pelas ruas de Viena e encontrou uma mulher pobre com o filho ao colo. A criança estava muito magra, e a imperatriz penalizada deu à mãe uma moeda.
- O que poderei fazer com uma moeda de ouro, senhora? Meu filho caminha para a morte porque lhe falta o leite, pois o meu seio secou.
A imperatriz tomou a criança nos braços e lhe ofereceu o próprio seio, só devolvendo-a depois de estar saciada.

Maria Teresa acompanhava pessoalmente a construção do palácio de Schönbrunn. Um dia encontrou um bando de meninos que brincavam de modo perigoso, escalando o muro com o risco de cair e fraturar até mesmo o pescoço. Mandou chamar o chefe dos garotos e ordenou que lhe aplicassem alguns açoites. Muitos anos depois, quando assistiu a um concerto em sua homenagem, foi-lhe apresentado o maestro e compositor Joseph Haydn.

- Mas eu já vos conheço. Onde será que vos vi?
- Majestade, a vossa lembrança está relacionada com uns açoites que mandastes aplicar-me.
- Ah, bem! Lembro-me daqueles açoites. Mas era só para impedir-vos de quebrar o pescoço. E podeis ver agora que agi bem.


Frederico II entrou com seu exército na Silésia. Mandou seu embaixador em Viena propor a Maria Teresa a paz em troca de ceder-lhe aquela região, e recebeu a altiva resposta:
- Enquanto permanecer um único homem dele no meu território, preferirei morrer a tratar com ele.
Depois de conquistar outras praças, Frederico voltou a fazer-lhe a proposta e obteve nova recusa:
- Eu defendo os meus súditos, não os vendo.


Discutia-se entre a Prússia, a Rússia e a Áustria a divisão da Polônia. A imperatriz Maria Teresa afirmou:
- Toda repartição é iníqua. Só posso deplorar essa proposta e declarar que tenho vergonha de mostrar-me em público.
Quando os ministros lhe fizeram notar que os seus escrúpulos poderiam ser interpretados como sinal de fraqueza, ela contestou:
- É melhor passar por fraca do que por desonesta.

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